Propriedade do dono de mim

Propriedade do dono de mim
Propriedade do dono de mim, aguardando sempre feliz para cumprir suas ordens e satisfazer seus desejos.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sozinha


Chego em casa. Fecho a porta e o mundo fica lá fora.

Ficam lá fora os problemas do trabalho, as injustiças, os olhares invejosos, a perturbação de vozes e buzinas.

Aqui dentro a calmaria. O meu sofá.

Tiro os sapatos, desabotôo a blusa, tiro o soutien, vou caminhando pela sala, sentindo o chão frio, depois a maciez do tapete, solto os cabelos, tiro a saia, chego na cozinha, abro a geladeira. Mereço uma boa e farta dose de licor de amarula, uma pedrinha de gelo e só.

Volto caminhando e sorvendo aquele líquido cremoso, gelado, suave. Me jogo no sofá. Bebo goles gulosos, preciso que o corpo se solte e que a mente se aplaque.

Quero lembrar de algo bom. Um sorriso vem aos lábios. Fecho os olhos.

Recostada no sofá, jogo uma das pernas sobre o encosto.

Na minha mente cenas de desejo, de excitação, de uma mão que me aperta, lembranças de uma voz grave sussurrando obscenidades no meu ouvido, de um beijo profundo que me tira da realidade, um beliscão no mamilo que me desatina e me faz ferver.

Enfio os dedos no copo buscando a pedra de gelo, chupo-a, imaginando sua boca, seu sexo, vou descendo pelo pescoço, brinco com os bicos dos meus seios, vou descendo, sentindo arrepios no corpo,até chegar ao clitóris, ali eu brinco, ele se derrete. E então meus dedos vão me acariciando, primeiro devagar, quero curtir o momento. Enfio a outra mão no copo, e chupo meus dedos, sorvendo aquele líquido, mas imaginando seu gozo.

Respiração vai ficando ofegante, minha mão parece adquirir vida própria, mais rápidos ficam os gestos, as imagens passam rápidas e explicitamente obscenas, quase posso sentir teu cheiro, teu membro me penetrando, até que uma onda de espasmos incontroláveis tomar conta de mim, do meu corpo, a mente não pensa mais em nada. Fico ali, jogada, completamente exausta e relaxada, aberta, suada, encharcada, satisfeita.

 Eu estava no meu mundo.

Lá fora a vida continuava, mas eu sucumbi a um sono reparador, pronta para sonhar com ti.

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