Propriedade do dono de mim

Propriedade do dono de mim
Propriedade do dono de mim, aguardando sempre feliz para cumprir suas ordens e satisfazer seus desejos.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Não tenho a mínima idéia de porque nasci assim, ou será que em algum momento nasceram em mim esses desejos bizarros para alguns, abomináveis para outros e até mesmo doentios para os ditos especialistas da mente humana? Pois eu sou assim. Sou uma mulher que gosta de ser submissa. Não me preocupo mais em descobrir a origem destes desejos. De um bom tempo para cá, me importo somente em não mais me culpar, pois não estou fazendo mal a ninguém, e quero simplesmente viver meus desejos. Agora é deixar de lado as fantasias ditas impossíveis e tentar realizá-las. Sei que não é um caminho fácil, é longo, tortuoso, cheio de encruzilhadas, de dúvidas, medo, insegurança. Um caminho quase solitário, principalmente no início, pois este não é o tipo de assunto que podemos compartilhar nem com o nosso diário, imagine com a melhor amiga. Até mesmo com pessoas que compartilham o mesmo interesse é comum haver divergências. Lógico, não posso falar pelos outros, pois cada um tem sua experiência, sua maneira de se relacionar, de se satisfazer, mas falando por mim, posso dizer que encontrar uma pessoa que pudesse realmente me orientar, foi difícil. Achei certa dificuldade em fazer contatos. Sentia-me uma caloura, sem experiência, com medo de cometer gafes, as vezes me sentia quase invisível. Foram dias e muitas noites navegando na internet, lendo blogs, depoimentos, vendo fotos, analisando experiências, algumas que me espantavam pelo tantos de desejos e sentimentos iguais aos meus. Foi um período de encantamento, busca, pesquisa e constatação de que o que eu escondia embaixo dos meus cobertores não era crime, não era anormal, ao contrário, fazia parte da vida de muitas pessoas, tinha um nome e até organizações. E que sensação boa saber que afinal não estou sozinha!
Gente, eu achei o paraíso numa masmorra!
(masmorra é assunto para outro post!)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um dia valerá a pena.


Tapas, lambadas,
Açoite e chicote
eu agüento,
Pois já carregos cicatrizes
Lágrimas,
Sangue,
Sonhos desfeitos
Mas não quero vingança,
Não guardo revolta nem rancores
Faço coleção das muitas dores
Que a vida me infringiu
Angústia,
Tristeza
Mas eu sobrevivo assim
Um dia me sentirei livre
Livre na dor que procuro
Na dor que exalta
Na dor que faz gozar
E um dia estarei livre
Propriedade de alguém
Estarei muda
Inerte
Amarrada
Escancarada
E um dia valerá a pena
Todo o amor que tenho para doar

Inspirado em texto de Nosalai RJ (http://nasunhasesmaltepreto.blogspot.com)

Queria perder o senso...


Queria perder o senso, por um dia perder a noção do que é certo, e fazer o que me desse na cabeça e mesmo depois não pensar mais. Queria por um dia não pensar nas conseqüências, fazer o que me satisfaz, lógico, nada que possa prejudicar qualquer pessoa, mas queria somente por um dia ser egoísta e só pensar em mim.

Satisfazer meus desejos mais insanos. Submeter-me aos prazeres mais extremos, perder a vergonha de me expor, de gritar sobre o que me excita.

Estou cansada de tudo, cansada de pensar nos outros e esquecer de mim. Cansada de pensar nas conseqüências, cansada de sofrer.

Preciso urgentemente sentir a dor do prazer e o prazer da dor, servir, simplesmente ser mulher, disponível, submissa.

Quero simplesmente me sentir bem, me sentir leve, satisfeita comigo mesma. Mas como isto tem sido difícil.  É fácil colocar a culpa nos outros, quando a grande culpada sou eu mesma. Eu permiti que os outros me tratassem da maneira que me tratam.

Por dentro sou uma submissa, uma mulher que quer ser guiada, mandada, que quer seguir ordens, andar atrás de um homem, mas por fora, sou uma mulher batalhadora, que não leva desaforo para casa, uma mulher as vezes até agressiva, independente em todos os sentidos.

Mas não é qualquer um que consegue ver esse meu lado, seja na convivência ou na cama.

É necessário ser muito sagaz, doce, forte, confiante, dominador, exigente, seguro para conseguir me enxergar além da casca que a vida me obrigou a criar.

Mas eu mereço ser feliz. E vou sempre alimentar essa submissa, que é a minha essência, que por muito tempo viveu somente na minha mente e embaixo dos meus cobertores.

Eu mereço me sentir leve e satisfeita.

Eu quero sentir o êxtase de ser eu mesma, a submissa do meu íntimo. Ser simplesmente a mulher que recebe e satisfaz seu macho.

Eu era de um homem só. Só tinha olhos para ele, minha vida era dela, e seguindo minha natureza submissa, sempre o servi da melhor maneira e da forma que ele desejava. Ia tudo bem, afinal estávamos combinando sempre em tudo. Até o dia que ele disse que simplesmente precisava passar um dia sozinho. Que não era para eu ir ao seu encontro como tínhamos combinado. Isto eu não pude entender. Insisti e ele foi taxativo em dizer: “_ não, não venha! Outro dia conversamos” Meu coração se apertou dentro do peito. Não aceitei. Porque se privar de minha companhia? Eu ficaria quieta, não falaria nada, só queria estar ali, perto dele. Mas ele disse que não. Fiquei rodando pela casa, arrumada, sem saber o que fazer, e num ímpeto entrei no carro e fui ate a casa dele. Precisava saber, precisava olhar nos olhos dele para descobrir o que estava acontecendo. Parei o carro , desci, entrei. Para minha surpresa o primo dele estava lá. Era um homem de porte alto, moreno, de semblante sempre fechado, de poucas palavras, mas me recebeu bem. Me indicou a porta do quarto do meu “amor”, mas antes que eu chegasse lá ele apareceu na porta, e somente sua presença me fez estremecer. “_ O que esta fazendo aqui? Não fui claro em dizer que era pra você ficar em casa? Que conversaríamos outro dia? “.  Sim, isso foi claro para mim, eu só conseguia pensar, a boca não mexia... o tom de voz dele não era dos melhores, eu  conhecia. Estava irritado. E tive que admitir, ele tinha razão. Minha falta de resposta imediata o deixou ainda mais nervoso e só consegui balbuciar que queria vê-lo, que não iria incomodá-lo, que só queria ficar ali, pertinho dele. Ele me olhou, esboçou um sorriso incompreensível e olhou para o primo que estava ainda de pé logo atrás de mim.Segundos se passaram e eu já não tinha tanta certeza se deveria realmente estar ali.. Foi quando ele falou calmamente:” _ Entre!. Entrei, ele encostou a porta. Dei dois passos para dentro do quarto. Assim que trancou a porta veio em minha direção e me deu um tapa, quase cai, ele me segurou e disse: _ vai ficar ai quietinha,certo? Eu respondi: -Aqui, em pé, eu queria... outro tapa... Ele me olhou e não precisou falar mais nada, se virou, deitou-se confortavelmente na cama e ligou a TV. Fiquei ali em pé, meio sem graça, sem saber o que fazer. Depois de algum tempo, resolvi sentar ao lado dele na cama. Outro erro. A reação dele foi tão rápida, que nem vi quando se levantou, só senti as mãos dele como ferro a me segurar pelos braços e me colocar em pé em frente da cama aonde eu estava anteriormente. Eu abri a boca para falar, mas logo um tapa bem forte me fez entender que deveria ficar quieta. Eu queria ir embora. Ele voltou para cama e ficou assistindo a TV, e minha paciência foi se esgotando. Estava de salto e as pernas já doíam. Dei um passo, ele me olhou, apoiei um joelho  na cama, e tentei conversar. Quando ele se levantou, me levantei também, e recuei, já arrependida, já não sabia quem era aquele homem na minha frente. Frio, sem expressão,me causou calafrios. Queria sair. Fui para a porta, mas tava trancada. Ele ficou em pé só olhando.. e apesar de saber que minha situação tava ficando cada vez mais complicada, gritei o nome do primo dele. Talvez ele abrisse a porta, sei lá. Que besteira! De repente, senti que as mãos dele estavam segurando meus cabelos e puxando para trás, fazendo eu me curvar, quase me fazendo perder o equilíbrio, com a outra mão, ele abriu a porta, e fiquei em pânico, não queria que ele me colocasse para fora, queria o homem que me amava de volta... Mas para minha surpresa e desespero ele chamou o primo, que veio imediatamente, já com um sorriso sarcástico nos lábios. Minha cabeça doía. Então ele me perguntou: _ Você não veio aqui para ficar quietinha, pois te conheço muito bem... e porque chamou meu primo? Quer incluí-lo na nossa brincadeira? Entrei em desespero. Nunca tinha pensado nisto. Achava o primo dele atraente, será que em algum momento ele percebeu? Será que estava chateado por isso? Mas daí a ter algo com ele, não! Quis sair, tentei explicar que não.. Mas vi o primo dele fechando a porta atrás de si. Meu coração disparou e tive medo. O homem que tanto cuidava de mim, estava estranho, frio, e agora iria me dividir com outro homem? Gritei: Não, não quero. Mas com um solavanco que me colocou em pé novamente, me vi ali no meio entre o homem q eu amava e um completo desconhecido para mim. Atrás de mim veio a ordem: _ Tire sua roupa. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Vi nos olhos do primo a curiosidade, o prazer e o tesão. Não consegui mexer um músculo sequer. Meu querido chegou mais perto, segurou meu braços para trás e me vi indefesa, não reagia, não sabia o que fazer. Alias não conseguia fazer nada... E o que mais me torturava é que eu já sentia meu corpo dando sinais de excitação, eu já estava molhada.
O primo dele veio, primeiro tirou minha saia, depois rasgou minha blusa, e eu só arfava, e já sabia que transparecia, que exalava pelos meus poros: o meu tesão. Continuei a pedir que parassem, mas eles não me ouviam. Então, somente de calcinha, soutien, e salto alto, ele me pegou pelo braço e me levou até ao pé da cama. Depois deitou-se novamente recostado nos travesseiros. Eu o olhava suplicando uma explicação, pedindo que me abraçasse, que não me deixasse ali. Eu sentia o olhar do primo dele atrás de mim., me avaliando. Eu tentava não imaginar o que viria a seguir e controlava com todas as forcas da minha mente o meu instinto de sair correndo (para onde?). Então, calmamente me olhando, ele me disse para ficar de quatro na cama. Eu fiz que não com a cabeça, sabia que era inútil, mas era incontrolável. “_ Faça o que estou mandando, não queira me deixar irritado com você.!” Acho que levei uns segundos para obedecer. Minha mente estava confusa demais. Nunca tínhamos sequer conversado sobre isso. Ele era muito ciumento. Porque fazia aquilo comigo? Enquanto eu procurava explicações , não tinha mais coragem de olhar para ele.
Rapidamente o primo dele abaixou minha calcinha e num gesto brusco enfiou a mão por dentro de mim, e deu uma risada, gritando que eu era realmente uma puta, pois estava toda encharcada... como poderia? Por anos não saía com ninguém a não ser ele... porque estava tão excitada com aquela situação?  Minha mente vagava, gritando que não, mas o corpo demonstrava a reação contrária. Não sabia o que acontecia atrás de mim, quando ele me penetrou, primeiro na vagina, foi tão bruto que cai para frente, mas ele logo me pegou pelos cabelos me levantando e por um momento pude ver o rosto do meu querido, parecia satisfeito, sorria... da mesma forma que me penetrou, saiu e logo depois enfiou aquilo tudo no meu cu, me fazendo chorar de dor, novamente ele me levantou pelos cabelos fazendo com que eu olhasse meu amado, que me perguntou se eu estava gostando,.. que resposta daria? Ele levantou, eu estava fora de mim, enlouquecida de dor e prazer, não conseguia raciocinar, logo senti um tapa no rosto e a ordem para responder, - Ta gostando, puta? O primo dele também me batia na bunda e cada vez tudo ia ficando mais confuso e gostoso. Ate que depois de uns três tapas no rosto intercalados com beijos, eu gritei que Sim, sim , Estou gostando.. Então , como por encanto, vi no rosto do meu querido aquele sorriso de volta, e aquele gesto que tanto me agrada: ele retirar aquele pau enorme, gostoso, latejante de dentro das calças e enfiá-lo na minha boca.
Assim, sabia que iria lhe proporcionar prazer. Mas ele não gozou, eles trocaram de lugar e novamente me surpreendi com meu querido dono... Ele me possuiu de uma forma diferente, selvagem, não me deixando nenhum movimento possível, aquela posição começou a me incomodar, mas era impossível sair. Os tapas foram ficando cada vez mais fortes na minha bunda, nas minhas coxas e no meu ombro, mas não conseguia nem gritar, pois o primo dele me sufocava com aquele pau enorme na minha boca. Exausta, suada, fui jogada na cama e então percebi que ainda não era o fim. Amarraram as minhas mãos para trás, eu já não tinha mais forças nem argumentos, simplesmente me deixei levar. Meu corpo doía, respirar doía, mas eu fiquei calada. Sabia o que eles queriam: dupla penetração. Fiquei no meio dos dois, como uma
boneca, sem conseguir muito equilíbrio, pois meus braços estavam amarrados para trás, naquele momento nada mais passava na minha mente, meu corpo todo era somente para o uso deles e de alguma forma isto me deu um conforto muito grande. Eu não tinha controle. A medida que as estocadas iam e vinham e as mãos me apertavam, me batiam, eu já não tinha a mínima noção de quem fazia o quê.. Eu já não estava mais naquele mundo, estava em outro mundo onde existia prazer, onde não existia mais medo, nem meus bloqueios, simplesmente era meu corpo reagindo ao instinto mais louco e insano, eu já não queria que eles parassem, mas o gozo veio, de uma forma que nunca senti antes, senti-me derreter, desfalecer, não era eu com os meus pensamentos, valores, não existia nada na minha mente, somente a sensação de completa satisfação. Fui deixada lá, largada, ainda amarrada, mas já não me importava. Queria prolongar aquela sensação o maior tempo possível. Eu estava quase adormecendo, quando senti as mãos do meu amado me desamarrar, me fazer um carinho, me pegar no colo, me dar um beijo e me levar para banheira. Eu mal conseguia me mexer, lânguida, queria aproveitar aquele momento, queria olhar dentro dos olhos dele e ver satisfação. Nenhuma palavra foi dita. Ele me ensaboou, me enxugou e me colocou de volta na cama. Não vi mais o primo dele... Eu dormi... Quando acordei ele estava lá, recostado, me olhando... e me disse: -Te amo, você é mesmo uma puta, eu sabia, mas é minha puta, entenda isto e eu faço com você o que eu bem entender. Eu não queria ficar com você hoje, mas sabia que queria sexo, então lhe fiz um favor, mas não se acostume, e não me provoque novamente”. Eu balancei a cabeça que sim, com um sorriso nos lábios. Se aquilo foi uma punição, foi a melhor punição da minha vida... apesar dos hematomas, dos músculos doloridos, eu me sentia satisfeita ali, aninhada nos braços dele.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Flickr

This is a test post from flickr, a fancy photo sharing thing.

Meu Futuro Dono

(...) O meu homem perfeito apesar de não ter rosto definido ( é sério; nunca consegui imaginar ) me agrada em todos os sentidos... seus braços me envolvem e me dão proteção, suas mãos me seguram com energia, mas sem perder a ternura.
Quero um homem que me faça tremer ao ouvir sua voz, que me imponha respeito e admiração, que ordene com brandura e que seja atendido pelo simples fato de ser Ele.
Quero um homem a quem possa me entregar por completo, sem medo, que tenha gerência total sobre a minha pessoa e saiba decidir a melhor forma que eu possa servi-lo, que me mostre o caminho e o percorra comigo, que saiba se impor na mais simples das atitudes, que eu possa confiar.... que me deixe exausta de tanto prazer... que saiba ensinar ...
Que me queira sempre bela como um objeto caro, que chegue de surpresa e teste a minha obediência... que não hesite em me castigar, mas que seja doce e me faça sonhar ... que povoe meus pensamentos, entre sem pedir licença nos meus devaneios mais secretos, faça parte da minha vida como o ar que respiro, que seja cruel na medida certa mas, também que saiba me fazer sorrir.
Quero um homem que me inspire devoção e que saiba cultivá-la, que me queira só sua e que também, eu, possa ser uma fonte do seu prazer... quero estar em suas mãos, quero ser controlada, quero ser escrava do seu desejo quero sentir a alegria de satisfazê-lo e retribuir todo o prazer que sinto por ser propriedade Dele... E é uma felicidade diferente, quase explosiva saber que pertencemos a alguém de uma maneira tão especial, tão completa, tão fora dos padrões convencionais.
Procuro um homem que seja meu Dono, que pense como eu, que não ache tudo isso muito esquisito, que seja sério, me compreenda e viva comigo essa fantasia e que entenda que, antes de qualquer coisa, sou uma mulher igual às outras, apenas um pouco menos convencional. »

Este texto resume um pouco do que procuro num homem. Não simplesmente um homem comum, mas um homem com H maiúsculo, um homem sem medo de se mostrar másculo, dominador, mas também verdadeiro para conversar sobre suas fraquezas, seus medos e não achar que isso reduz a sua masculinidade. Não é uma missão muito fácil. Os sentimentos, os preconceitos, as inseguranças, os bloqueios a toda uma estrutura emocional já formada, a todo um pré-conceito sobre o que é aceitável, sobre o que é certo ou errado, tudo isso são impecilhos pessoais nesta busca. Como encontrar o homem que tanto procuro, se nem eu mesma sei bem direito o que estou procurando? Como conseguir identificar, se eu mesma não sei muito bem como vou me comportar? Como procurar, e ter certeza que achei algo que ainda quero descobrir? Eu já li vários conceitos sobre donos, dominadores, mestres, submissas e escravas. Durante minhas leituras, tentava imaginar como seria o meu relacionamento ideal. O meu primeiro receio era minha falta de experiência e o medo de cair em mãos erradas, de um homem não preparado, que só quisesse se aproveitar, sem o devido respeito e controle. O meu segundo questionamento era como saber o que realmente quero se não vivenciei nada ainda. Tudo que sabia em relação a BDSM se resumiam as minhas fantasias, as visitas a blogs e algumas conversas com mestre e dominadores conhecidos, porem encontrei muitas opiniões e visões diferentes sobre o mesmo assunto. E ainda tenho muitas, muitas dúvidas, porém após muito ler, pensar, fantasiar, concluí que :


Gosto de apanhar, apesar de não ter experiência, não saber meu nível de resistência, meus


limites e minhas reações, essa idéia sempre me excitou

Gosto de sentir dor. Não sei se posso dizer se sou uma masoquista, acho que não chega a tanto, mas essas fantasias com “spanking” e outras práticas, sempre estiverem presentes no meu imaginário desde que descobri minha sexualidade (e mesmo sem eu conhecer nada sobre o assunto e me achar uma anormal, maluca);
Gosto de ser humilhada, dentro de um contexto que faça sentido;
Gosto de sentir medo, me sentir ameaçada, também dentro de um contexto e lógico de forma segura.(rs);
Sinto prazer em saber e sentir que estou proporcionando prazer ao outro. É uma satisfação diferente que me faz sentir mais feminina;
Gosto de um certo controle, de obedecer ordens, de saber que estou sendo guiada por alguém, que não estou sozinha (apesar de ser um desafio para mim, pois sempre fui muito independente e decidida);
Analisando esses itens posso dizer que gostaria muito de encontrar um dono. Um homem capaz de me inspirar confiança, que me faça sentir desejo de agradá-lo, atendê-lo e fazer todas as suas vontades. Um homem que seja forte, que saiba me ensinar, me repreender e até me castigar, mas que também cuide de mim, me dê carinho, atenção e prazer. Que eu me sinta segura em ir guiada por ele, pelos caminhos e fantasias que lhe agradem.


Enfim, o que desejo ao realizar meu sonho de ser submissa, de ser propriedade de alguém? Além de realizar as práticas do bdsm, desejo liberar meus bloqueios, romper os preconceitos impostos pela sociedade, vivenciados e tomados como absoluta regra por mim durante toda minha vida. Desejo sentir minha alma liberta, meus sentidos despertados. Necessito me disciplinar, domar meus ímpetos, meu temperamento, as vezes até explosivo e violento. Preciso ressuscitar a minha parte confiante, dócil, crente, deixar a desconfiança que a vida me impôs como forma de sobreviver de lado, mesmo que seja por alguns momentos, ao lado de uma pessoa que me permita não precisar avaliar, desconfiar, temer, que eu possa somente me entregar sem reservas, sem receios. Com isso não estou buscando uma fuga, estou buscando meu refúgio, estou buscando retomar minha essência, minhas vontades, minha busca por meu prazer.


Bem, eu sei que nada disso é simples, que entre o desejo, a vontade e a realização, existe uma distância grande, existe a vida real, com seus problemas reais, as minhas falhas, os meus defeitos, e que o caminho a ser percorrido é longo, mas acredito que seja também cheio de descobertas, aprendizagem, mudanças, algumas frustrações, enfim..., exige dedicação, empenho, assim como tudo que desejamos fazer de forma certa e satisfatória na vida.
Espero encontrar em você esta pessoa especial que possa me moldar, me levar por estes caminhos. Desejo poder realmente realizar tudo da melhor forma possível e ser um presente, um prazer na sua vida e apesar de saber que não sou  infalível (ao contrário), espero não te decepcionar demasiadamente e poder sempre contar com sua compreensão, paciência e algo mais...