Propriedade do dono de mim

Propriedade do dono de mim
Propriedade do dono de mim, aguardando sempre feliz para cumprir suas ordens e satisfazer seus desejos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ainda sei tão pouco sobre mim
Sei o que já pude viver
Só sei o que já tive coragem de sentir
Só senti o que o outro me permitiu saber
De que forma era o amor,
A paixão, o tesão
A decepção, o ódio,
A amizade, enfim...

Ainda sei muito pouco sobre mim
Conheci o riso alegre
Chorei a lágrima solta
Beijei muitas bocas
Amei feito louca

Não sei se me conheço
Não sei quem reside dentro de mim
Sei que sou mulher
Mãe,
Filha,
Amiga,
Profissional
Respeitada
As vezes,

Outras sou simplesmente fêmea,
Puta,
Vagabunda,
Louca,
Insolente,

Não sei bem como todas essas cabem dentro de mim
Por isso digo que não me conheço tão bem assim
Sempre
Sou lutadora
Confiante
Emotiva
Carinhosa
Encantadora
Forte e teimosa
As vezes..

Outras vezes sou simplesmente ser humano,
Falha,
Limitada,
Carente,
Solitária,
Dependente

Pois bem, talvez seja eu mesma uma mistura de tudo isso.
E dessa mistura, da dosagem de cada característica,
Da maneira de cada gesto, de cada reação,
Que se constitui uma mulher
Um segredo
Um mistério
Uma jóia única
Um ser completo que um dia poderá te dizer: sou tua.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Faz pouco tempo que leio e pesquiso sobre bdsm. Sei que tenho muito a aprender. Fiz poucos amigos, mas especiais. De vez em quando entro no chat para tentar uma conversa “aproveitável”, são poucas, mas sempre me ensinam muito.

Tive até agora somente uma experiência real que não foi exatamente aquilo que eu estava esperando, mas mesmo assim valeu a pena.

Tento aprender com cada detalhe, cada dica que eu recebo, cada depoimento que leio. Sei que não é um caminho fácil. Nunca tive esta ilusão. Neste pouco tempo que estou neste “mundo paralelo”, senti que o bdsm está ligado ao sexo de uma maneira errada, pois atrai um monte de gente que acha que é só bater, é somente ser masoca para ser submissa (o que é totalmente errôneo, pois muitas sub’s não são masoquistas). Vêem no bdsm uma oportunidade para sexo fácil, ou apenas para realizar umas fantasias.  Não vejo o bdsm desta forma.

Posso estar sendo romântica, mas enxergo o bdsm como um estilo de vida, práticas que mostram uma parte importante da personalidade de cada praticante. Falando como uma submissa, desde que me descobri e me aceitei como tal, muitas coisas mudaram em minha vida. Servir nos faz avaliar valores, receios, influi no aspecto psicológico, na estrutura emocional, portanto, não é somente sexo. É muito mais do que isso. Mas, fico um tanto desanimada quando vejo que é difícil achar pessoas que vejam o bdsm como algo além de simplesmente um sexo “hard” ou que tenham a exata noção da responsabilidade que tem sendo donos perante os seus submissos.  

É uma tarefa árdua saber separar o joio do trigo nesta onda de dominadores, submissas, que estão ali somente como um Nick para ter alguma diversão, mas totalmente sem noção do que isso significa, ou pior, sem saber o estrago que pode fazer na vida de outra pessoa.

Imagino que muitos já enfrentaram problemas com supostos “doms”, mas não poderia de deixar de expor meus pensamentos sobre este assunto.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011


Servidão *  Escravidão  * Cativeiro  * Sujeição  * Dependência

“Bondage é um tipo específico de fetiche, geralmente relacionado com sadomasoquismo, onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou pessoa envolvida. Pode ou não envolver a prática de sexo com penetração.”

Li em vários lugares sobre bondage. E peguei esta definição de um site. Gostaria de acrescentar que pode ser usado vários materiais ou instrumentos para a imobilização:

  • cordas




  •  correntes


  • algemas




  •  plástico filme
  •  fitas adesivas


  •  camisa de força


enfim, haja imaginação!

Estar indefesa, sujeita a outra pessoa, com movimentos restritos, total entrega e submissão, total prova de confiança.

Para sentir esse prazer não é necessário uma conotação sexual, não é necessário a penetração.

A ação de ser imobilizada provoca sensações variadas como medo, dor, excitação, prazer, angústia, expectativa. Mas a maior de todas com certeza é a doação. Doação de corpo e alma a alguém especial, capaz de dar valor a um momento tão único.

O maior orgão de prazer envolvido nesta prática com certeza é o cérebro. Estar presa permite nos libertar de nossos bloqueios através da perda do controle.

O erotismo envolvido nesta prática estimula nossos instintos mais primitivos, nos levando a uma forma sublime de êxtase.

O Bondage também pode ser uma preparação para outras práticas como spanking, humilhações, fantasias de estupro, etc.

Óbviamente há varios cuidados importantíssimos na prática de bondage, mas não é minha intenção tratar disto neste post.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Auto Conhecimento


Ser submissa a princípio foi um susto na minha vida. Mas acredito que a necessidade de servir estava lá escondida como uma bombinha relógio pronta a explodir. E aconteceu, através do estopim dos relacionamentos sempre frustrados, da sensação de “estar faltando algo” apesar de ter tudo, de acordo com os padrões “normais” da sociedade. Este fato desencadeou uma busca por esse algo a mais. Tive que encarar que só poderia realmente me sentir plena e satisfeita se concretizasse as minhas fantasias guardadas a sete chaves, realizadas somente embaixo dos meus cobertores, na solidão e na escuridão do meu quarto. Isso já não me satisfazia mais.

E acredito que como a maioria das mulheres que se descobrem submissas eu reparei que nós nos perdemos durante a vida. Rendemos-nos a hipocrisia generalizada, sucumbimos a viver numa zona de conforto que nos aprisiona, nos acomodamos com os prazeres convencionais e sem graça, com medo de enfrentar a nós mesmas. Somos obrigadas a batalhar, sermos fortes, competentes, independentes, competitivas, e por isso achamos que temos que reprimir, abafar nosso lado meigo, cuidadoso, nosso lado sub. Erroneamente imaginamos que se deixarmos nosso lado submissa desabrochar, vamos ser fracas. Na correria e na cobrança do dia a dia, criamos uma casca protetora que nos faz sentir seguras. Entretanto essa casca esconde lá dentro uma criatura que precisa servir, agradar, que em vez de mandar, quer obedecer, que em vez de ser independente, quer ser guiada, que quer ser livre e seguir apenas uma pessoa que a inspire confiança. Essa pessoa especial vai ter a capacidade de retirar a casca, descobrir a jóia maravilhosa que está escondida, que as vezes precisa ser burilada, mas que somente brilhará de verdade sendo moldada pelas mãos poderosas de um ser dominador.

Esta fase de conhecimento sobre bdsm forçou uma viagem profunda e séria para dentro de mim mesma, além da casca. Fez com que eu me deparasse com os meus medos, os meus bloqueios, as minhas dúvidas, os meus limites, ou a falta deles, os meus valores morais e sociais, e até com as minhas convicções religiosas. Tive que voltar ao passado, reviver alguns fatos, e olhar com outros olhos, entender de outra forma. Sem a culpa, sem o preconceito que me impediam de viver a minha essência. Autoconhecimento é essencial para avaliarmos o que realmente procuramos e o que queremos como mulheres submissas. Como vamos lidar com isso no nosso cotidiano? Ah, sim porque ser submissa envolve tantos fatores e quem realmente se dispõe a vivenciar isso na plenitude vai sentir que ser submissa não é somente decidir ter algumas sessões, ser sub vai influenciar muitos aspectos da vida, pois tudo é muito intenso. Se conhecer física e emocionalmente, é um desafio necessário. Esta será minha tarefa de agora.

E assim vou indo na minha caminhada, aprendendo que ser submissa realmente não é simplesmente gostar de apanhar, servir de vez em quando, obedecer a ordens. Ser submissa é resgatar dentro de si mesma a verdadeira alma feminina, a essência, o verdadeiro prazer de ser mulher.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sozinha


Chego em casa. Fecho a porta e o mundo fica lá fora.

Ficam lá fora os problemas do trabalho, as injustiças, os olhares invejosos, a perturbação de vozes e buzinas.

Aqui dentro a calmaria. O meu sofá.

Tiro os sapatos, desabotôo a blusa, tiro o soutien, vou caminhando pela sala, sentindo o chão frio, depois a maciez do tapete, solto os cabelos, tiro a saia, chego na cozinha, abro a geladeira. Mereço uma boa e farta dose de licor de amarula, uma pedrinha de gelo e só.

Volto caminhando e sorvendo aquele líquido cremoso, gelado, suave. Me jogo no sofá. Bebo goles gulosos, preciso que o corpo se solte e que a mente se aplaque.

Quero lembrar de algo bom. Um sorriso vem aos lábios. Fecho os olhos.

Recostada no sofá, jogo uma das pernas sobre o encosto.

Na minha mente cenas de desejo, de excitação, de uma mão que me aperta, lembranças de uma voz grave sussurrando obscenidades no meu ouvido, de um beijo profundo que me tira da realidade, um beliscão no mamilo que me desatina e me faz ferver.

Enfio os dedos no copo buscando a pedra de gelo, chupo-a, imaginando sua boca, seu sexo, vou descendo pelo pescoço, brinco com os bicos dos meus seios, vou descendo, sentindo arrepios no corpo,até chegar ao clitóris, ali eu brinco, ele se derrete. E então meus dedos vão me acariciando, primeiro devagar, quero curtir o momento. Enfio a outra mão no copo, e chupo meus dedos, sorvendo aquele líquido, mas imaginando seu gozo.

Respiração vai ficando ofegante, minha mão parece adquirir vida própria, mais rápidos ficam os gestos, as imagens passam rápidas e explicitamente obscenas, quase posso sentir teu cheiro, teu membro me penetrando, até que uma onda de espasmos incontroláveis tomar conta de mim, do meu corpo, a mente não pensa mais em nada. Fico ali, jogada, completamente exausta e relaxada, aberta, suada, encharcada, satisfeita.

 Eu estava no meu mundo.

Lá fora a vida continuava, mas eu sucumbi a um sono reparador, pronta para sonhar com ti.